O Conexão Cavalo Marinho surgiu do desejo de juntar artistas e espetáculos de artes cênicas que têm em comum a paixão pelo Cavalo Marinho. Artistas do contexto da tradição, que fazem o Cavalo Marinho. E artistas que criaram espetáculos em outros contextos a partir de sua relação com o Cavalo Marinho.
No início dos anos 90, quando toda uma geração começou a entrar em contato com o fazer artístico da Zona da Mata Norte de Pernambuco e saber da existência dessa brincadeira, não era possível a realização de um evento como este.
Gente de fora não brincava, mulher também não. Fazer música ou criar espetáculo com algum tipo de relação fora do contexto da brincadeira não era realidade. Era de fato uma arte que se fazia ali, só ali. Quem vinha de fora, era gente de fora. Hoje, muitos de fora passaram a ser de dentro. Muitos de dentro passaram a existir fora.
A fronteira da Zona da Mata foi aberta e ficou movimentada.
O Conexão Cavalo Marinho é um evento ligado a esse agora, onde se encontra o Cavalo Marinho, e às conexões que foram estabelecidas desde a abertura dessa fronteira.
É feito por quem e para quem gosta de Cavalo Marinho e para fazer outros gostarem. E para que todos possam entender um pouco mais o que já foi feito, o que esta sendo feito e o que poderá ser feito por aqueles que amam o Cavalo Marinho.
Para compor os textos que integram o folder de programação do evento (e que que neste blog se encontram na seção "grupos e artistas"), fizemos uma pergunta a todos os artistas envolvidos no evento: “O que é o Cavalo Marinho para você?”. No espaço do Cavalo Marinho Boi Matuto de Olinda, mudamos a pergunta para: “O que Mestre Salustiano é para o Cavalo Marinho?” O Conexão Cavalo Marinho, dessa forma, deixa registrada a presença de Mestre Salu na essência deste projeto.
Laura Tamiana e Helder Vasconcelos
Recife, dezembro de 2008
Sobre o Evento
Um grande encontro em torno do Cavalo Marinho – teatro de rua da Zona da Mata Norte de Pernambuco. O evento, realizado com incentivo do Funcultura e Governo do Estado de Pernambuco, aconteceu em Recife e Condado, com o objetivo de mostrar que a tradição é antes de tudo um fazer artístico. A iniciativa de reunir grupos de Cavalo Marinho e espetáculos que se relacionam com essa tradição é inédita e proporciona um verdadeiro diálogo entre esses dois contextos, onde não existe a relação de “pesquisador” e “fonte de pesquisa”, mas uma real interação entre artistas.
Concebido pela produtora paulista Laura Tamiana e pelo músico, ator e dançarino pernambucano Helder Vasconcelos, o CONEXÃO CAVALO MARINHO apresentou sua programação no município de Condado (Zona da Mata Norte de Pernambuco), de 11 a 14 de dezembro, em praça pública; e trouxe o mesmo formato para a temporada recifense, que aconteceu no Teatro Hermilo Borba Filho, de 18 a 21 de dezembro, sempre às 20h. Em cada noite de festa, uma companhia ou artista mostrou um espetáculo, seguido de um grupo de Cavalo Marinho da Zona da Mata.
Oito grupos tradicionais fizeram parte da programação: Boi Pintado, de Mestre Grimário (Aliança-PE); Boi Matuto, de Mestre Salustiano (Olinda-PE); Estrela de Ouro, de Mestre Biu Alexandre (Condado-PE); Estrela Brilhante, de Mestre Antonio Teles (Condado-PE); Cavalo Marinho Mestre Batista, de Mestre Mariano Teles (Aliança-PE); Boi Brasileiro, de Mestre Biu Roque (Itaquitinga-PE); Boi de Ouro, de Mestre Araújo (Pedras de Fogo-PB); Estrela do Oriente, de Mestre Inácio Lucindo (Camutanga-PE). Já os grupos e artistas selecionados foram: Grupo Grial (Recife-PE); Pedro Salustiano (Olinda-PE); Cia. Mundu Rodá (São Paulo-SP); Grupo Peleja (Campinas-SP) e Helder Vasconcelos (Recife-PE). Os espetáculos desses artistas vêm sendo apresentados no Brasil e em outros países, mas raramente puderam ser vistos em Recife e na Zona da Mata, e tampouco pelos próprios grupos de Cavalo Marinho.
Completando a programação, as “Conversas de Terreiro”, uma realizada em Recife e outra em Condado, juntaram mestres, artistas e público para uma conversa criativa.
Concebido pela produtora paulista Laura Tamiana e pelo músico, ator e dançarino pernambucano Helder Vasconcelos, o CONEXÃO CAVALO MARINHO apresentou sua programação no município de Condado (Zona da Mata Norte de Pernambuco), de 11 a 14 de dezembro, em praça pública; e trouxe o mesmo formato para a temporada recifense, que aconteceu no Teatro Hermilo Borba Filho, de 18 a 21 de dezembro, sempre às 20h. Em cada noite de festa, uma companhia ou artista mostrou um espetáculo, seguido de um grupo de Cavalo Marinho da Zona da Mata.
Oito grupos tradicionais fizeram parte da programação: Boi Pintado, de Mestre Grimário (Aliança-PE); Boi Matuto, de Mestre Salustiano (Olinda-PE); Estrela de Ouro, de Mestre Biu Alexandre (Condado-PE); Estrela Brilhante, de Mestre Antonio Teles (Condado-PE); Cavalo Marinho Mestre Batista, de Mestre Mariano Teles (Aliança-PE); Boi Brasileiro, de Mestre Biu Roque (Itaquitinga-PE); Boi de Ouro, de Mestre Araújo (Pedras de Fogo-PB); Estrela do Oriente, de Mestre Inácio Lucindo (Camutanga-PE). Já os grupos e artistas selecionados foram: Grupo Grial (Recife-PE); Pedro Salustiano (Olinda-PE); Cia. Mundu Rodá (São Paulo-SP); Grupo Peleja (Campinas-SP) e Helder Vasconcelos (Recife-PE). Os espetáculos desses artistas vêm sendo apresentados no Brasil e em outros países, mas raramente puderam ser vistos em Recife e na Zona da Mata, e tampouco pelos próprios grupos de Cavalo Marinho.
Completando a programação, as “Conversas de Terreiro”, uma realizada em Recife e outra em Condado, juntaram mestres, artistas e público para uma conversa criativa.
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